Com medo, "três de ouro" do baralho do crime se apresenta à polícia na Bahia

O três de ouro do baralho do crime se entregou à polícia da Bahia por medo

Após a SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia) divulgar a substituição de cinco nomes no baralho do crime, o "três de ouro", identificado como Márcio Oliveira da Silva, o “Márcio Coroa", se apresentou espontaneamente a uma guarnição do Batalhão de Guardas da Polícia Militar em Salvador (BA).

O procurado foi encaminhado nesta quarta-feira (3) para a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes. Aos policiais, ele contou que “ficou com medo, ao saber, através dos jornais, que seu nome contava entre os bandidos mais procurados da Bahia”, informou a SSP.

De acordo com a polícia, Márcio Coroa cumpria pena na Colônia Penal de Simões Filho por praticar roubo qualificado. Em 31 de agosto de 2007, ele saiu pelo indulto de Semana Santa e nunca mais retornou. A polícia baiana procurava por ele há quatro anos e só conseguiu prendê-lo após o criminoso se apresentar.

Ainda segundo a polícia, havia dois mandados de prisão em aberto contra o "três de ouro" pelo mesmo crime, expedido pela Comarca de Simões Filho e pela 2ª Vara Criminal de Camaçari. Ele foi ouvido na delegacia e conduzido para a Polícia Interestadual (Polinter), onde aguarda a decisão do juiz da Vara de Execuções Penais.

Atualização

O baralho do crime é um conjunto de cartas lançado no mês de junho pela SSP com a imagem dos mais procurados pela polícia baiana e os tipos de crime que eles cometeram. Disponibilizado no site da secretaria, o baralho sofreu uma atualização. Cinco novos nomes passaram a integrar o baralho. Dentre eles, estava o "três de ouro".

Outro integrante é Paulo César Alves Filgueira, também conhecido como “Paulo Escopeta”, que é ex-policial e investigado por cometer homicídios e participar de sequestros em todo o Estado. Com a atualização, ele passou a ser a dama de ouro.

Além do "três de ouro", o "dez de espada" também não faz mais parte do baralho. Cleidson Souza dos Santos tinha mandados de prisão em aberto, mas foi encontrado morto há cerca de um mês. “A identificação e seleção dos bandidos mais procurados é complexa. Além da categorização dos crimes e da confirmação dos mandados de prisão em aberto, ainda temos que aguardar a confecção das cartas e a divulgação no site. Neste intervalo, o "dez de espada" morreu”, explica a coordenadora do Disque-denúncia, Dayse Dantas.

Ela informou ainda que Cleidson deu entrada no IML como indigente e só foi identificado 30 dias depois.

Investigado pela prática de roubo e formação de quadrilha, Amílton Caíres dos Santos é o novo "dez de ouro". Já Jeovane Gonçalves de Freitas, “o Guto”,  investigado por homicídio e receptação, é o novo "valete de copas". As cartas do baralho são substituídas, segundo a SSP, após serem constatadas as mortes ou prisões dos procurados.


Fonte: Anderson Sotero para Portal UOL.

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