MATO GROSSO: Operação Pentágono apreende munições de grosso calibre e fuzil com investigados por roubo em Confresa

O cumprimento de 35 buscas em cidades de seis estados envolveu um efetivo de 321 policiais



A investigação da Polícia Civil de Mato Grosso sobre o roubo a uma empresa de segurança e transporte de valores, em Confresa, estima que a organização criminosa envolvida no crime teve um prejuízo estimado em R$ 3,4 milhões. Essa projeção é baseada no material bélico e veículos apreendidos da quadrilha.


A Operação Pentágono, realizada na última sexta-feira (06.10), em seis estados do País, envolveu um efetivo de 321 policiais para o cumprimento de 35 mandados judiciais de busca e apreensão. A operação foi concluída com a apreensão de quatro armas de fogo, entre elas um fuzil; 360 munições, a maior parte de calibre 556; máscara, balaclava, 23 aparelhos eletrônicos, joias, relógios e U$ 3,9 mil.


O resultado da operação foi apresentado em coletiva com a imprensa, nesta segunda-feira (09.10) pelos delegados Gustavo Belão e Mário Santiago, da GCCO e Higo Rafael Oliveira, que estava na Delegacia de Confresa à época do roubo e contou com a presença dos diretores Rodrigo Bastos (delegado-geral adjunto), Victor Hugo Bruzulato (Atividades Especiais) e Walfrido Nascimento (Interior). 


Alvos da operação 


Entre os alvos da operação estão os responsáveis pelo planejamento, apoio financeiro e logístico ao roubo, que ocorreu no dia 09 de abril deste ano e causou temor à população da cidade de Confresa, localizada na região nordeste de Mato Grosso.


As buscas foram cumpridas nas cidades de Hidrolândia e Rialma (GO); Santa Luzia do Tide, Alto Alegre do Pindaré e Vitorino Freire (MA); Itapeva (MG); Redenção (PA); Atibaia, Diadema, Guarulhos, Paulínia, Porto Ferreira, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo e São Paulo (SP); Palmas, Gurupi e Peixe (TO).


A Operação Pentágono contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal, das Polícias Civis de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Tocantins; Centro de Inteligência de Segurança Pública do Maranhão (Núcleo de Imperatriz); Núcleo de Apoio à Investigação de Redenção e de Marabá; Gabinete de Gestão Integrada Municipal de Redenção; Deic de Bauru/SP e Polícia Federal.



Investigação


Embasada em um amplo acervo probatório, a investigação sobre o ataque a Confresa, coordenada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia Regional de Confresa, mapeou todos os passos dos integrantes da organização que roubaram a sede da empresa de segurança de valores, além daqueles que deram apoio à empreitada criminosa.


Agindo na modalidade identificada como ‘domínio de cidades’, os criminosos empregaram  violência extrema, usando armas de grosso calibre, uniformes táticos e equipamentos de proteção balística e explosivos de alta capacidade destrutiva para roubar a empresa de valores. Além do ataque à sede da empresa, os criminosos agiram em outras duas frentes, danificaram residências e prédios públicos, abordaram veículos e capturaram reféns que foram levados à empresa de valores. Uma terceira frente do ataque teve como alvos veículos do Estado, danos à rede de energia e veículos incendiados em pontos-chaves para que o bando pudesse fugir na sequência.


Na fuga, o grupo queimou veículos ao longo das vias públicas e seguiu em direção ao municípios de Vila Rica e Santa Terezinha e depois para o estado de Tocantins, onde havia um apoio logístico com barcos e piloteiros.


Quem é a quadrilha


A investigação da Polícia Civil apontou que 28 criminosos participaram diretamente do ataque em Confresa e outros cinco foram contratados como piloteiros para fazer o transporte da quadrilha, pelo rio, até uma aldeia indígena na divisa entre Tocantins e Mato Grosso.


Entre os 28 que invadiram Confresa, o grupo se dividiu entre os que comandaram a ação, os responsáveis pela detonação de explosivos e os executores do assalto e da contenção.


Dezoito integrantes do bando criminoso morreram nos dias subsequentes ao crime, durante a operação de buscas realizada na região de Pium, em Tocantins. Outros dois foram presos e a investigação prossegue para chegar aos outros 13 integrantes do bando.


Outros que deram apoio logístico à quadrilha foram presos pela Polícia Civil nos estados do Pará e Tocantins, durante a primeira fase de investigação. Naquela oportunidade, as equipes da GCCO e da Regional de Confresa chegaram à identificação das residências, na cidade paraense de Redenção, que serviram de apoio ao grupo. Duas pessoas foram presas em flagrante por fornecer a logística ao bando criminoso em Redenção e um terceiro em Araguaína, no Tocantins.


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