PRONASCI: O hip-hop como instrumento de segurança cidadã

Prestes a ser relançado, o Pronasci discute como acesso à cultura pode diminuir a violência




Lançado em 2007, o Pronasci revolucionou o combate à violência no país, articulando políticas de segurança pública com ações sociais nas periferias das grandes cidades brasileiras. Encerrado nos últimos anos, o programa está de volta com um reforço de peso: o movimento hip-hop.


Nesse sentido, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) recebeu nesta terça-feira (14) um conjunto de propostas prioritárias de prevenção à violência elaborado por uma coalizão de movimentos socioculturais ligados ao hip-hop. Um dos representantes do movimento, o rapper e ativista cultural Rafa Rafuagi afirmou que o hip-hop será sempre um parceiro do MJSP nas periferias.


“O hip-hop sempre foi e pode voltar a ser um elemento central do Pronasci”, afirma o rapper, segundo o qual a cultura hip-hop pode ajudar no combate à mortalidade juvenil nas periferias, por meio da geração de empregos para a juventude e do acesso à cultura e ao lazer para a população”.


Em busca de um exemplo para o Brasil, o ativista acompanha há alguns anos as transformações que o movimento traz para a juventude da América Latina. “O hip-hop é um elemento de transformação social e temos que observar o que foi feito na Colômbia”, explica. Segundo Rafa, a cidade de Medellín passou nos últimos 20 anos de capital do crime organizado a modelo de transformação social e diminuição de violência e desigualdade, com o apoio da cultura hip-hop.


Contribuições

Muito agradecida pelas contribuições, a coordenadora do Pronasci, Tamires Sampaio, lembrou que muitos dos participantes da reunião foram jovens assistidos pelo programa. “Existe uma relação histórica do Pronasci com o hip-hop e vamos retomá-la”, disse. Ela explicou que o movimento será um parceiro essencial no relançamento dos Territórios de Paz, projeto por meio do qual jovens expostos à violência participam de atividades culturais, esportivas e educacionais, recebendo apoio de psicólogos, educadores e assistentes sociais.

“O poder público tem muito a aprender com o hip-hop”, afirma o secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, para quem o movimento  tem sido a tábua de salvação de muitos jovens da periferia. “O combate à violência se dá com inclusão social, promoção da dignidade, acesso à educação, ao lazer e à cultura. E o hip-hop pode ajudar com tudo isso”, afirmou.



Por Portal de Notícias do MJSP

Comentários