A AOPM defende o Ciclo Completo de Polícia não como forma de conseguir um poder de investigação como se tem divulgado. Tal informação, tendenciosa, visa apenas desinformar o cidadão ao indicar que a Polícia Militar irá fazer investigações criminais, levar presos aos quartéis, coisas desse tipo. Desinformação muitas vezes é a incapacidade de corrigir os próprios erros.
Ocorre que, o policial militar, ao ser o primeiro a atender uma ocorrência, se torna o primeiro garantidor dos direitos individuais. Ele é quem faz o reconhecimento das partes, da vítima, do criminoso, da cena do crime, etc. E de posse dessas informações, atualmente encaminha tais dados à uma polícia investigativa que muitas vezes nem vai ao local porque TODAS AS INFORMAÇÕES já foram obtidas pelo PM.
Quem sofre com essa burocracia é a população. Horas dentro de um Distrito Policial para atender uma ocorrência simples. Muitas vezes o cidadão nem comparece ao Distrito pois SABE que NADA será feito. E, na maioria das vezes, tudo será refeito pelo Ministério Público.
Há algo de errado nisso. E sabemos o que é.
Mas há crimes que necessitam de investigação, sim. Casos graves que necessitam de perícia, laudos, etc, carecem de uma investigação eficiente. Porém, quando se tem um índice em torno de 5% de inquéritos solucionados, não seria melhor que os crimes de autoria conhecida, de menor potencial ofensivo, mais de 70% dos crimes, aqueles que não necessitariam de investigação fossem atendidos de forma mais célere, mais rápida?
Na era da tecnologia, tal atendimento não poderia ser feito eletrônicamente? No local do fato?
Em Estados como Santa Catarina isso já funciona. E funciona MESMO.
Porque São Paulo não pode trazer esse conhecimento para cá? Qual o interesse em manter uma situação que não evolui há quase 100 anos?
Tudo isso para apresentar a matéria abaixo publicada na Folha de São Paulo. Esperamos que um dia essa situação mude. Para o bem do povo.
www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/05/1773524-declaracao-de-novo-secretario-de-sp-desagrada-setores-da-policia-militar.shtml
Fonte: Folha de São Paulo(24/05/2016)
AOPM - SP