JUÍZO DE VALOR: Invasão da PM em delegacia da polícia civil divide opinião pública

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O advogado criminalista Sanderson Moura chegou a escrever em sua página pessoal na internet que o delegado Leonardo Santa Bárbara foi o culpado

A ação dos policais militares, que segundo eles serviu para resgatar um sargento, revelou uma situação de conflito entre as duas instituições.  As imagens da invasão correram o mundo por meio da internet. O caso, vergonhoso para a segurança pública do Acre, também foi destaque em todas as emissoras de televisão do País. O assunto dividiu a opinião pública nas redes sociais. A própria população acreana tratou de fazer juízo de valor sobre os culpados.

O advogado criminalista Sanderson Moura chegou a escrever em sua página pessoal na internet que o delegado Leonardo Santa Bárbara foi o culpado, institucionalmente, por esse e outros conflitos já registrados em sua delegacia. O delegado afirma que só deu ordem de prisão ao sargento da polícia militar porque ele se recursou a realizar o exame do bafômetro em um motorista.

O militar alega que tal procedimento não fazia mais sentido, uma vez que o motorista conduzido por ele à delegacia já havia passado três horas sob efeito de medicamento no pronto socorro, após se envolver em uma acidente de trânsito.  

O caso

Mais de 60 policiais militares invadiram a Central de Flagrantes no último sábado, dia 1º, após um PM ter recebido voz de prisão do delegado de polícia civil Leonardo Santa Bárbara. O policial James Wendel do 4º Batalhão teria levado um cidadão à delegacia e se recusou a fazer teste do bafômetro no mesmo, alegando ter esperado tempo demais pelo delegado, e que o exame já não faria mais sentido. De acordo com a polícia civil, durante a ocorrência, o delegado teria pedido para que fosse realizado o teste de bafômetro no detido, mas o policial não teria cumprido a ordem.

Segundo a Polícia Civil, mais de 60 policiais militares, revoltados, invadiram a delegacia para retirar o PM. De acordo com o delegado, os policiais militares chegaram a agredir um policial civil e quebraram a porta de uma das salas do local. No momento havia cerca de 12 policiais que em desvantagem não conseguiram deter a retirada de Wendel do local. Do lado de fora da delegacia uma grande confusão entre policiais militares e civis foi gerada. O delegado informou à imprensa que os policiais estavam sendo comandados pelo Tenente Coronel Marcio, que teria ordenado aos policiais que retirassem o PM da delegacia.

Coronel José dos Reis Anastácio, comandante da PM,  se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Acre, Reni Graebner para tratar sobre os conflitos ocorridos entre policiais militares e civis, na Delegacia Central de Flagrantes (Defla). Anastácio disse que já instaurou um processo para apurar a invasão na Defla, e que os responsáveis pela confusão generalizada serão punidos. Anastácio garante que não existe nenhuma rivalidade entre as policias Civil e Militar.

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