NAÇÕES UNIDAS: Conselho de Segurança terá debate aberto sobre contraterrorismo



Encontro, no próximo dia 15, terá participação de ministros das Relações Exteriores; anúncio foi feito pelo embaixador do Paquistão, que ocupa a presidência do Conselho neste mês; operações de paz também estão na pauta do programa do órgão para janeiro.

As Nações Unidas vão discutir este mês formas de abordar o combate ao terrorismo em todo o mundo. O debate aberto, marcado para 15 de janeiro, deverá contar com a presença de ministros do Exterior de vários países.

O encontro deve produzir ainda uma declaração presidencial sobre o tema. A informação foi dada a jornalistas pelo embaixador do Paquistão, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança, em janeiro.

Operações de Paz

Masood Khan disse ainda que seu país deverá introduzir uma discussão sobre as operações de paz da ONU e uma visão multidimensional das missões da organização.

Embora não tenha dedicado nenhuma reunião especial à Síria no Conselho de Segurança, o embaixador do Paquistão disse que o tema continuará na pauta do órgão.

Segundo ele, o tema da Síria é uma prioridade para o Conselho. Khan disse que falou com o enviado especial da ONU e da Liga Árabe ao país, Lakhdar Brahimi, que tem viajado à Rússia, a Damasco e a outros países do Oriente Médio para discutir uma saída para a crise.  O embaixador paquistanês, Masood Khan, disse ainda que Brahimi virá a Nova York para se reunir com os países-membros. E que deve haver uma sessão trilateral entre Moscou, Washington e o enviado especial.

Reconciliação

Khan afirmou esperar que as mortes na Síria cheguem ao fim, e que haja unidade nacional e movimentos que levem à reconciliação, a um processo político à diplomacia e ao diálogo.

Durante a presidência paquistanesa, o Conselho de Segurança tratará ainda da situação na Cote d´Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, Mali e a República Democrática do Congo, entre outros países africanos.

Ao ser perguntado sobre a morte de civis em voos com aeronaves não-tripuladas no Paquistão, o embaixador disse que a guerra contra o terrorismo não é um conflito convencional e que exige a adoção de tecnologia sofisticada. Mas condenou as consequências sobre os civis.

Pobreza e Ideologia

O presidente do Conselho de Segurança disse que o Parlamento do Paquistão já condenou a morte de civis nestas operações.

Ao ser perguntado sobre as causas do terrorismo, ele disse que a pobreza é um dos fatores sobre o problema, mas que o mesmo não deve ser usado como uma justificativa.

O embaixador disse que somente a pobreza não causa terrorismo, se fosse assim todas as partes pobres do mundo teriam ações terroristas, mas para ele o problema é associado ao que chamou de uma "ideologia distorcida", e encerrou dizendo que o investimento em desenvolvimento sempre ajuda.

UOL NOTÍCIAS

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