CADEIA INFERNAL: Rebelião de presos mata mais de 50 na Venezuela


Familiares de prisioneiros protestam do lado de fora da cadeia de Uribana (Foto: AFP)

O governo venezuelano ordenou a investigação de um motim ocorrido na prisão de Uribana, no estado de Lara (noroeste), que, segundo o hospital que atendeu às vítimas, deixou na sexta-feira (25) ao menos 50 mortos, em um dos episódios mais violentos das últimas décadas nas superlotadas prisões do país.

"Há saldos lamentáveis, ocorreu uma situação de confusão trágica que nós lamentamos", disse o vice-presidente Nicolás Maduro ao anunciar a abertura de três investigações por parte das autoridades públicas para esclarecer o que ocorreu.

O governo não forneceu até o momento um número de vítimas, mas, segundo o diretor do Hospital Central Antonio María Pineda, Ruy Medina, foram registrados ao menos 50 mortos e 90 feridos.

"Às 20h locais (de sexta-feira), tínhamos um valor indicativo de 90 feridos, a maioria deles por arma de fogo, com um número verdadeiramente alarmante de pelo menos 50 mortos, que eram os que repousavam no hospital central", disse Medina.

"Desde as 11h da manhã (...) começaram a entrar no hospital central, na emergência, feridos procedentes da prisão de Uribana (...) durante o dia operamos 14 dos feridos, que exigiram cirurgia", detalhou.

Anteriormente, a ministra de Assuntos Penitenciários, Iris Varela, havia anunciado na rede de televisão estatal VTV que uma busca por armas havia provocado um motim de um grupo de presos armados, que "atacaram os efetivos da Guarda Nacional com um lamentável saldo de atingidos", sem informar o número exato.

Entre as vítimas encontram-se presos, efetivos militares e guardiões do centro, disse Varela, que prometeu um relatório detalhado quando as autoridades tiverem o controle absoluto da prisão.

Imagens de meios de comunicação locais mostraram barricadas da Guarda Nacional nos arredores da prisão, réus sendo levados com suas roupas ensanguentadas e familiares dos presos - principalmente mulheres - chorando desconsolados à espera de notícias.

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Primeira Hora - MT

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