ATAQUE A FONTE: PM vai a bares orientar boêmios

Uma nova ofensiva da Polícia Militar para reduzir o número de mortes no trânsito começou ontem na capital. PMs fardados percorreram várias regiões de bares e restaurantes da cidade, como Vila Madalena, Itaim Bibi, Ibirapuera, Freguesia do Ó, Limão e Santana, para orientar clientes sobre a perigosa combinação de álcool e direção. A operação se repetirá em todos os finais de semana.

"Não queremos, de modo algum,  passar uma imagem repressiva. Pelo contrário, o objetivo é dar caráter exclusivamente educativo à operação. A intenção é oferecer mensagem positiva para conscientizar as pessoas de que elas podem beber, mas quando o fizerem, não dirijam", diz  o capitão Paulo Oliveira, chefe do Setor Operaçional do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito).

APOIO /A medida foi bem recebida pelos donos de estabelecimentos. "Somos totalmente favoráveis à operação, desde que a abordagem seja feita com respeito e cortesia", afirma o vice-presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo, Edson Pinto. Ele ressalva ainda que, caso o cliente não esteja interessado em ouvir as orientações, que a vontade dele deverá respeitada.

O capitão Paulo Oliveira afirma que a orientação é exatamente essa. "Não haverá nenhum constrangimento", diz ele. As abordagens serão feitas paralelamente às blitzes.

Segundo o capitão, uma das grandes dificuldades para punir quem for flagrado dirigindo embriagado é a lei, que permite ao motorista recusar o bafômetro ou o exame de sangue. Para configurar embriaguez é necessário constatar 0,34 mg de álcool por litro de ar nos pulmões, ou acima de 0,6 decigramas por litro de sangue.

Edson diz que desde o início da lei seca a venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes caiu 35% e, apesar de campanhas do setor, ela ainda não se normalizou.

diariosp.com.br

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