Policial não é médico e não tem especialização para fazer socorro", afirma Dantas.

O ouvidor-geral da Polícia do Estado de São Paulo, Luiz Gonzaga Dantas, encaminhará pedido para que policiais militares não socorram mais vítimas de tiroteios - um recurso muitas vezes usado para encobrir homicídios praticados pelos próprios PMs. Ele também propõe outras mudanças, como menor carga horária e acompanhamento psicológico do efetivo.

"Queremos que, no momento em que o policial estiver em um enfrentamento, quem faça o socorro seja o Samu ou o resgate. Policial não é médico e não tem especialização para fazer socorro", afirma Dantas.

O ouvidor também afirma que os PMs precisam de uma melhor reciclagem. "Estamos propondo que equipes de psicólogos e psiquiatras das universidades públicas possam fazer parte desse grupo para avaliação psicológica do pessoal da polícia, principalmente desses que estão na linha de frente."

Ele citou como exemplo o caso da morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino, no dia 18, baleado durante uma abordagem da PM. "A gente observou que foram abordagens desastradas, inadequadas. Não é legítimo o policial usar arma de fogo contra veículo que furou barreira", diz.

IG

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