CINCO BANDIDOS LEVARAM O AÇO: Bope lamenta mortes e diz que confronto foi inevitável

O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), major Jonildo de Assis, afirmou hoje (10) ao MidiaNews que as mortes dos cinco assaltantes que invadiram a agência do Banco do Brasil, na cidade de Campos de Júlio (553 km a Noroeste de Cuiabá), ontem (8), foram inevitáveis.

Segundo ele, o resultado da operação não deve ser considerado como “apologia à violência”.

“As mortes foram em cumprimento do nosso dever. E ninguém as comemorou. ”

"Esse tipo de desfecho é lamentável. Os assaltantes estavam com armamento pesado, e não atenderam a ordem de prisão. Eles não admitiram a possiblidade de negociação. Por isso, o confronto foi inevitável. Para proteger suas próprias vidas, revidar foi a única saída dos policiais envolvidos na operação. As mortes foram em cumprimento do nosso dever. E ninguém as comemorou. A Polícia Militar e o Bope não fazem apologia à violência", afirmou Assis.

O comandante disse ainda que a intenção dos policiais militares é sempre efetuar a prisão dos envolvidos em crimes, e encaminhá-las para a Justiça.

"No município de Santa Laura do Sul, também em uma ocorrência de assalto nessa modalidade, conseguimos negociar e prender todos os envolvidos, que foram encaminhados sem lesões para a delegacia. Infelizmente, nesse caso de Campos de Júlio, os assaltantes estavam fortemente armados, portando até fuzil e metralhadora, e não pensaram duas vezes em nos enfrentar", explicou.

Filosofia e disciplina

Segundo o major, assaltantes que atuam na modalidade "Novo Cangaço" agem com extrema violência contra as suas vítimas e a força policial.

"Olhando os vídeos desses assaltos, é possível perceber que os integrantes das quadrilhas são muito violentos, batem nas pessoas, e atiram contra a polícia, sem pensar duas vezes. Nesses casos, a polícia deve agir na mesma proporção", disse Assis.

“Não é fácil formar um policial do Bope. Temos uma forte filosofia e disciplina”

Ele frisou que os policiais militares do Bope recebem um treinamento específico para atuar em situações que envolvem alto risco.

"Não é fácil formar um policial do Bope. Temos uma forte filosofia e disciplina. Esse policial vai passar por exames de saúde, psicológico, testes físicos. Tudo isso para poder suportar ações desse tipo. Ninguém quer sair e matar cinco pessoas. O Bope é formado por homens comuns, que são pais, filhos, possuem crenças, religião. Mas, acima de tudo, somos preparados para defender a sociedade", afirmou.

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