Brasil envia 10 militares para missão de observadores na Síria

 
G1

Dez militares brasileiros irão compor a missão de observadores da Organização das Nações Unidas na Síria que monitora o cumprimento de um frágil cessar-fogo para pôr fim aos conflitos que já duram 14 meses, informou o Ministério da Defesa nesta sexta-feira.

Sete brasileiros partiram para Damasco, capital da Síria, na quarta-feira, e os outros três viajarão na próxima terça-feira para se juntar ao capitão de mar-e-guerra Alexandre Feitosa, que já está naquele país.

"O objetivo da ação é monitorar violações do compromisso de cessar-fogo entre o governo sírio e rebeldes", afirmou o ministério em comunicado.

O governo já havia sido sondado para integrar a missão. O Ministério das Relações Exteriores enviou uma lista com nomes de 17 militares e nesta semana a ONU respondeu o documento com os militares selecionados, sendo três da Marinha, quatro do Exército e três da Aeronáutica.

Além dos brasileiros, uma equipe mais ampla de observadores internacionais já está trabalhando no país como parte de um plano de paz mediado pelo enviado especial conjunto da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan.

No fim de abril, o Conselho de Segurança da ONU adotou por unanimidade uma resolução que autorizava o envio inicial de até 300 observadores militares não armados à Síria, por três meses.

Apesar dos esforços e da pressão da comunidade internacional, a violência continua entre as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, e manifestantes contrários ao seu regime de 12 anos.

Não é a primeira vez que militares brasileiros integram missões internacionais da ONU. O Brasil lidera a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), com o maior contingente de militares estrangeiros no país, 2.100 homens.

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