De espada medieval a câmera superpotente, feira internacional traz novas tecnologias em segurança a SP



Um “scanner de veias” que tem a promessa de ser mais preciso que um leitor biométrico; uma câmera de vigilância que reconhece o “invasor” por frames do rosto e impede o acesso; uma réplica da espada de Napoleão Bonaparte em meio a outras, brasileiras e muito atuais, usadas pelos comandantes das Forças Armadas. E até um sistema de monitoramento por câmeras que acompanham, em tempo real, o passo a passo das obras dos 12 estádios credenciados pela Fifa a receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. Esses são alguns itens em exposição na sétima edição de uma feira internacional de segurança que acontece em São Paulo até esta quinta-feira (26).

O evento, aberto (24) de manhã, reúne expositores de dez países que trazem novidades tecnológicas para o setor, seja no atacado ou no varejo, e do pequeno ao grande consumidor. Além do Brasil, participam fabricantes de China, EUA, Rússia, Itália, Taiwan, Reino Unido, Bélgica, Espanha e Argentina.

Segundo o diretor de eventos da feira, José Danghesi, o setor estima crescimento de 17% ao ano no país até os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. “O Brasil já indica uma mudança de postura e de reestruturação dos modelos de segurança no setor público e privado; tanto que os projetos em segurança têm ganhado mais investimentos”, aponta. “Mas é preciso também a colaboração do próprio cidadão: ele precisa se conscientizar que é parte do conjunto de segurança. Não adianta investir em equipamentos de ponta, se não contrata mão de obra qualificada para manuseá-la”, ressalvou.

Comissão do governo analisa propostas para grandes eventos

Presente à abertura do evento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que uma comissão interministerial foi formada a fim de que, nos próximos meses, sejam analisadas propostas de empresas brasileiras desenvolvedoras de tecnologia em segurança. O objetivo, segundo o ministro, é preparar o país para eventos de grande porte previstos para os próximos anos, como, além da Olimpíada, também a Copa das Confederações, ano que vem, e a Copa do Mundo de 2014.

“O Ministério da Justiça terá que fazer muitas aquisições de equipamentos para grandes eventos, e acho que a melhor maneira é colocando a nu as tecnologias que existem”, afirmou Cardozo.

Conforme o ministro, a análise dos dispositivos pelas empresas brasileiras se dará por meio de audiências públicas conduzidas pela comissão. “O grupo vai analisar o que as empresas oferecerão para que possa justificar o porquê da compra de certos equipamentos, bem como por que certos requisitos técnicos são exigidos”, disse Cardozo.

“A ideia é que a União e os Estados escolham o que há de melhor em tecnologia de segurança, até para se evitar a influência política nesse tipo de gasto. Porque o que está em jogo é o destino do brasileiro perante o mundo”, comparou.

Uol Notícias

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