Golpista pede doações na internet para transplante de menina que já morreu



Golpistas se aproveitaram da dor de uma mãe britânica que perdeu a filha, de apenas dois anos de idade, para arrecadar dinheiro pelo Facebook. Um farsante jamaicano criou um grupo com o nome da menina, Zoe, para tentar angariar fundos para uma conta no PayPal, alegando que a menina precisava de ajuda para tratar de um grave problema de coração. O criminoso utilizou até mesmo uma foto de Julie Chambers com a filha, roubada de seu perfil na rede social. 

Todas as informações utilizadas pelo bandido eram verídicas, exceto, é claro, pelo fato de Zoe já ter falecido e pelo dinheiro, na verdade, ir para o bolso dele. A página falsa chegou a ter mais de 200 mil visitas e acredita-se que muitos usuários depositaram centenas de libras na conta do jamaicano.

O detalhe mais curioso de toda a confusão é o que a polícia afirmou para Julie. Segundo eles, não havia o que fazer, já que nenhum dinheiro tinha sido tirado dela. "Minha filha morreu há três anos e agora algum doente tenta roubar as memórias dela para fazer dinheiro. É nojento. Uma parte de mim está triste, mas, em grande parte, estou mesmo é irritada. Não consigo pensar como alguém pode fazer uma coisa dessas", esbravejou.

A fraude teria sido iniciada com o bandido pedindo aos usuários do Facebook que  compartilhassem o link da página dedicada ao suposto transplante de coração de Zoe. Segundo ele, com mil compartilhamentos, a menina ganharia o tratamento gratuitamente. Depois, foi adicionado um link, que redirecionava a uma página pedindo a doação em dinheiro. 

No entanto, pouco tempo depois, alguns conhecidos da família descobriram o caso e começaram a divulgar na rede social que se tratava de uma farsa. "Ainda bem que meus amigos souberam de tudo e começaram a fazer uma campanha para desencorajar as pessoas a fazerem os depósitos. Fiquei preocupada, porque imaginei que muita gente pudesse pensar que eu é que estava armando tudo isso", comentou Julie. A mãe de Zoe lamentou ainda o fato de o Facebook não ter auxiliado em nada nas investigações. "Tentei contato com o Facebook, mas eles foram inúteis", completou.

Segundo o Daily Mail, há especialistas de Internet tentando rastrear os detalhes do farsante para tirar a página do ar e também tentar recuperar o dinheiro. A operação, porém, não é nada fácil. Afinal, a campanha “linkava” somente para uma conta do PayPal com dados totalmente protegidos.


Fonte: Site Primeira Hora

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