PM EM LUTO: Major morto durante negociação com um sequestrador em São Paulo é enterrado como herói.

Lágrimas e homenagens marcaram o enterro do corpo do major da Polícia Militar Sandro Moretti Silva Andrade, 46 anos, morto durante negociação com um sequestrador em São Paulo, na última quarta-feira. O criminoso foi morto por policiais e outro militar ficou levemente ferido no combate.

O velório na Câmara de Nova Granada parou a cidade natal do militar, que após 26 anos de farda se tornou um herói no município ao morrer durante negociação em ocorrência de repercussão nacional. Ele trabalhou em várias cidades da região, como Rio Preto, Votuporanga, Fernandópolis e Novo Horizonte.

O subecomandante-geral da PM, Danilo Antão Fernandes, entregou a bandeira paulista à família e presidiu a solenidade de honras militares no sepultamento. “Ele honrou até a morte o juramento de estar sempre pronto para salvar a vida de outros. Agora, é um herói que habita o céu”, disse.

Como tradição militar, houve salva de 21 tiros (homenagem ao policial morto em serviço). Moretti levou um tiro de revólver calibre 38 no ombro esquerdo, na zona sul da Capital. A bala penetrou no corpo do policial e perfurou artérias, o que provocou hemorragia.

Comovente

Aos 72 anos, Valdir Andrade, pai do major, encontrava forças para amparar a mulher, Odília Andrade, 68. Com o quepe (boné militar) do fardamento oficial do filho em mãos, Andrade foi uns dos primeiros a esperar o caixão na entrada do cemitério, após a saída do cortejo. O corpo foi levado em um caminhão dos bombeiros de Rio Preto. O carinho dos colegas e amigos foi demonstrado em arranjos de flores que cobriram todo o veículo.

“O Sandro sempre foi nosso orgulho. Por onde passou deixou amigos. Mas esse criminoso acabou com a vida de meu filho”, disse o pai. No momento mais comovente do funeral, o pai pediu permissão às autoridades e colocou o quepe do filho no túmulo. Palmas e uma oração do Pai Nosso finalizaram a cerimônia. Neste ano, 92 policiais foram mortos em trabalho. Deste total, 32 são do Interior e dois na região de Rio Preto. O major deixou a esposa Alessandra Quessada Maschio, 27, e quatro filhos.

Fonte: Região Noroeste

  

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