Lágrimas e homenagens marcaram o enterro do corpo do major da Polícia Militar Sandro Moretti Silva Andrade, 46 anos, morto durante negociação com um sequestrador em São Paulo, na última quarta-feira. O criminoso foi morto por policiais e outro militar ficou levemente ferido no combate.

O subecomandante-geral da PM, Danilo Antão Fernandes, entregou a bandeira paulista à família e presidiu a solenidade de honras militares no sepultamento. “Ele honrou até a morte o juramento de estar sempre pronto para salvar a vida de outros. Agora, é um herói que habita o céu”, disse.
Como tradição militar, houve salva de 21 tiros (homenagem ao policial morto em serviço). Moretti levou um tiro de revólver calibre 38 no ombro esquerdo, na zona sul da Capital. A bala penetrou no corpo do policial e perfurou artérias, o que provocou hemorragia.
Comovente
Aos 72 anos, Valdir Andrade, pai do major, encontrava forças para amparar a mulher, Odília Andrade, 68. Com o quepe (boné militar) do fardamento oficial do filho em mãos, Andrade foi uns dos primeiros a esperar o caixão na entrada do cemitério, após a saída do cortejo. O corpo foi levado em um caminhão dos bombeiros de Rio Preto. O carinho dos colegas e amigos foi demonstrado em arranjos de flores que cobriram todo o veículo.
“O Sandro sempre foi nosso orgulho. Por onde passou deixou amigos. Mas esse criminoso acabou com a vida de meu filho”, disse o pai. No momento mais comovente do funeral, o pai pediu permissão às autoridades e colocou o quepe do filho no túmulo. Palmas e uma oração do Pai Nosso finalizaram a cerimônia. Neste ano, 92 policiais foram mortos em trabalho. Deste total, 32 são do Interior e dois na região de Rio Preto. O major deixou a esposa Alessandra Quessada Maschio, 27, e quatro filhos.
Fonte: Região Noroeste
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