Um índio da etnia Xavante vai a júri popular nesta terça-feira (18), em Cuiabá, acusado pelo assassinato de um chefe do posto da Funai de Água Boa, a 730 km da capital, no dia 26 de setembro de 2001. O processo corre na 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso e a audiência será presidida pelo juiz José Pires da Cunha, a partir das 9h.O acusado foi denunciado por homicídio qualificado pelo Ministério Público Federal e chegou a ser preso como o autor do crime. No entanto, em 2006 conseguiu a liberdade por meio de liminar. Conforme consta da denúncia, o índio era na época cacique da aldeia Tritopa, em Água Boa, onde o servidor Floriano Márcio Vieira Guimarães foi para fazer a demarcação das terras beneficiadas pelo projeto Padic (Programa de Apoio às Iniciativas Comunitárias).
Logo depois, a vítima, o então cacique e um outro indígena foram até a cidade de Nova Nazaré, a 269 km de Cuiabá, e permaneceram até a noite. Na cidade, o servidor e os dois índios jantaram na casa de um morador e retornaram para a aldeia por volta das 22h, segundo a denúncia.
No entanto, a caminho da aldeia Tritopa a vítima foi degolada pelo cacique da tribo com um canivete. A denúncia apontou, que o crime ocorreu a 100 metros do destino e que foi encontrado sangue da vítima no local. Consta ainda que os índios tentaram esconder as manchas com terra. Já o corpo de Floriano Márcio Guimarães foi encontrado na aldeia por um indígena. A motivação do crime seria por disputa de terras na região.
Fonte: Primeira Hora/MT
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