Melhor salário e maior controle reduziriam corrupção policial, dizem analistas.




O emprego de policiais recém-formados nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não é suficiente para evitar a corrupção nas unidades, sendo necessário aprimorar a remuneração, a formação e os mecanismos de controle, dizem especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

Apesar do esforço da Secretaria de Segurança Pública do Rio em concentrar policiais recém-formados nas UPPs - contando serem policiais "sem vícios", como já afirmou o secretário José Mariano Beltrame - a primeira grande denúncia de corrupção em uma UPP veio à tona no último fim de semana.

O jornal O Dia denunciou um suposto esquema de pagamento de propina por traficantes a policiais da UPP dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa.

Na última quarta-feira, Beltrame afirmou que os envolvidos seriam punidos e provavelmente expulsos da corporação.

O sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, concorda que policiais mais novos tenham menos chances de desenvolver abusos e diz que a estratégia de recorrer a recém-formados é corriqueira em outros países.

No entanto, ele afirma ser ingenuidade pensar que isso, por si, possa manter afastada a corrupção sem que se invista em outros fatores primordiais para lutar contra o problema.

Fonte: Blog Notícia da Caserna.

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