INSATISFAÇÃO SALARIAL: Militares tem aumento inferior.

Um projeto de lei complementar apresentado pelo Poder Executivo altera o subsídio dos bombeiros e policiais militares mato-grossenses. A proposta seria excelente, pois atende à reivindicação dos praças e dos coronéis, atrelando o salário dos iniciantes ao dos superiores. O problema é que os oficiais de patentes compreendidas entre as duas categorias ficaram de "mãos abanando".


Conforme a Lei Complementar 433, de 2 de setembro de 2011, o aumento no subsídio dos coronéis, por exemplo, passa de R$ 14 mil pagos atualmente para R$ 16,7 mil em dezembro deste ano. A elevação do salário continua até 2014, quando receberão R$ 19,2 mil.Os praças, categoria iniciante entre os militares, também foram beneficiados, pois passarão a receber R$ 1,9 mil já em dezembro.

Quando o assunto é o aumento concedido aos militares que ocupam as patentes de major, capitão, primeiro e segundo tenentes, sub-tenente, primeiro e segundo sargentos e cabo a insatisfação toma conta da categoria, que está na linha de frente da corporação e não mede esforços para garantir a segurança da população.

O aumento do subsídio dos capitães, por exemplo, passa de R$ 9 mil pagos atualmente para R$ 9,1 mil em dezembro deste ano. Um aumento irrisório se comparado ao dos coronéis. O mesmo ocorre com a patente de primeiro-tenente. Neste caso, o salário atual de R$ 7 mil passa a ser de R$ 7,3 mil no final deste ano, ou seja, o aumento fica abaixo da inflação, fazendo com que a categoria perca poder de compra, comprovando assim a inconstitucionalidade da fixação do novo subsídio.

Os militares, tanto policiais quanto bombeiros, que ocupam patentes "de meio termo", pois não são mais praças, mas também ainda não conseguiram a promoção para níveis mais elevados, não têm voz junto aos superiores nem tampouco junto à população, que ouve as reivindicações dos iniciantes, já que são maioria e têm mais poder de "briga".

Os coronéis, por sua vez, não "tomam as dores" dos subalternos, pois já conseguiram garantir um aumento considerável em seus salários. Assim, se calam e acatam o que as autoridades determinam. Na hora de colocar a cara à tapa, porém, os "poderosos" ficam em seus gabinetes enquanto os menos favorecidos com um aumento considerado até mesmo ridículo estão firmes no propósito de salvar vidas e garantir a segurança da sociedade.





Fonte: Jornal RD News/MT.

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