Presidente do TJ critica a falta de preparo da tropa alagoana.


Em coletiva concedida à imprensa, o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ), desembargador Sebastião Costa Filho criticou a falta de preparo físico da tropa alagoana e disse que chegou a trocar seguranças do prédio da Escola Superior de Magistratura (Esmal) por considerar que os militares não estavam prontos para o serviço. “Às vezes a gente vê um policial com a barriga grande, sem preparo algum. 


O presidente deu sua opinião sobre a situação da segurança pública em Alagoas ao falar sobre o assassinato do subtenente José Roque Carlos, 49 anos, morto a tiros nessa segunda-feira dentro da Esmal, no Farol. Inteirado sobre detalhes do crime que será investigado pelo delegado Alcides Andrade, o desembargador disse que obteve a informação que menores participaram do assassinato, ocorrido no final do expediente.

“Ele tinha largado do trabalho quando três homens chegaram, dois estavam armados. Segundo a informação que tive, eles estavam à procura de uma arma. O policial correu, e eles atiraram”, informou. 

Dois desses criminosos eram menores de idade. O desembargador pegou esse caso como exemplo e lembrou que “virou moda” a participação de adolescentes em crimes no Estado. “Desde que eu era corregedor já defendia que o menor de 16 anos tem capacidade para entender sobre essas questões”, acrescentou.

O desembargador Sebastião Costa Filho informou que não deve reforçar a segurança na Esmal, instituição da qual é diretor, mas reconhece que o sistema de segurança ainda não é o adequado. “A aparelhagem das câmeras era antiga, existe uma licitação em andamento para reforma e colocação de cerca elétrica”, falou.

Sobre o assassinato do oficial, o presidente do TJ atribuiu à morte a um fato isolado, mas reforça que a falta de segurança em Alagoas virou um problema de todos. “Ele estava no lugar errado e horário errado. As pessoas vivem com medo não só lá na Esmal. O policiamento da Escola é suficiente”, informou.

Segundo ele, o Governo do Estado informa que não é possível realizar concurso público agora, por estar no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas é preciso tomar decisões mais enérgicas no sentido de oferecer mais segurança. “Acredito que o principal ponto é investir em educação. Esse é o ponto principal. É preciso educar”, disse.

Sobre a ameaça de morte a magistrados, o desembargador confirmou que em Alagoas quatro juízes e um desembargador estariam sob a mira de criminosos. “Um deles segundo eu tive informação é o Tutmés Airan [desembargador]. Pedi que ele viesse aqui para podermos conversar”.

Créditos: Blog do Adeilton9599

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