PM-MT: “Estamos caminhando para ser o pior salário do país”, argumentou Presidente da ASSOADE.

Segundo a associação de policiais militares de Mato Grosso, categoria caminha para ser o pior salário do Brasil.



Policias militares estão desmotivados e insatisfeitos com os baixos salários, carga excessiva de trabalho e falta de equipamento para garantir um bom serviço. Esta é a posição do presidente da Associação dos Sargentos e Subtenentes da Policia Militar de Mato Grosso, sargento Luciano Esteves.

Luciano Esteves conta que em 2008 o salário dos policiais militares em Mato Grosso estava classificado como o 3º melhor do país. Atualmente, conta o militar, os PMs abaixo do posto de sargento estão com o 6º pior  do Brasil.

“Estamos caminhando para ser o pior salário  do país”, argumentou Esteves.

A associação espera resposta da Casa Civil sobre a audiência que espera ter com o secretário José Lacerda para tratar do reajuste salarial da categoria. Incluindo também, cabos e soldados que fazem parte de uma outra associação, mas que também aguardam uma proposta do Governo.

Sargentos e subtenentes querem ter de volta o escalonamento que foi suspenso na gestão do governo de Blairo Maggi, atual senador. Segundo o presidente da associação, esse escalonamento garantia o aumento dos militares que estão abaixo do cargo de coronel. “Quando aumenta salário do coronel, logo havia um efeito cascata com os salários dos subtenentes, sargentos, cabos e soldados que também ganhavam um adicional nos vencimentos”, garante Esteves. 

De acordo com a proposta dos subtenentes e apresentada para o secretário de Administração, César Zílio, no início de julho os reajustes ficaram 37% para 2011, 40% para 2012, 45% para 2013 e 50% para 2014 como reivindicação da categoria. Considerando que o efeito de escalonamento esteja presente dentro da proposta o que contemplaria sargentos, cabos e soldados.

O Governo apresentou a seguinte proposta para a categoria: 4% para dezembro; 10% para maio de 2012, 10% para maio de 2013  e 10% para maio de 2014 (já incorporado o INPC). Proposta que a categoria considerou lamentavel porque já havia recusado a tabela em 2008.

A exaustiva jornada de trabalho aliada aos salários que não agradam, estão desestimulando o trabalho dos policiais. Segundo o presidente da associação, outro fator que também contribui para a desmotivação dos trabalhadores são os equipamentos.

“Estamos trabalhando em carros com motor 1.0, que não tem a mesma potência de um 1.6 ou 2.0. Nossas motos são de 125 cilindradas que está aquém do que precisamos”, comenta Luciano Esteve.

Sobre um possível aquartelamento (atendimento lento) dos policias, diante da falta de consenso das negociações, Luciano Esteves disse que existe o trabalho que os militares estão desenvolvendo dentro das possibilidades. “Existem várias situações negativas que se torna o reflexo que contribui para o aumento da criminalidade na grande Cuiabá”, aponta o presidente.

Policiais militares, por fazerem parte da força-auxiliar do Exército, são proibidos de fazerem greve. Caso haja alguma manifestação é enquadrado como motim, são severamente punidos, inclusive com expulsão.

Atualmente os 23 coronéis da Policia Militar recebem R$ 14.329,47, no qual executam trabalhos de planejamento estratégico da segurança do Estado; subtenentes recebem R$ 4.789,03; sargentes em três níveis recebem de R$ 3.591 a R$ 4.310 e soldados recebem R$ 1.915,63.

OUTRO LADO

A assessoria da Casa Civil informou que até o momento não tem nenhuma reunião marcada entre o secretário José Lacerda e a comissão de negociação da Policia Militar.

Fonte: Aliana f. Camargo - Redação - Site Hiper Notícias/MT.

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