Um total de 180 homens lotados na Policia Civil em Cáceres, no Oeste do Estado, estão em greve. Apenas os serviços de plantão permanecem em funcionamento em todas as cinco delegacias e nas 11 cidades subordinadas a aquela regional que são: Mirassol do Oeste; São José dos Quatro Marcos; Araputanga; Porto Esperidião; Glória do Oeste; Lambari do Oeste; Salto do Céu; Rio Branco; Reserva do Cabaçal; Indiavaí; e Curvelandia. Melhor para o tráfico de drogas,que festeja a paralisação e vê a oportunidade de intensificar os “negócios”.
Os grevistas reclamam equiparação salarial com o demais servidores do Estado que possuem nível superior, eles alegam que defasagem nos vencimentos são desproporcionais. Recentemente, segundo a categoria, o Governo teria reajustado os proventos dos delegados, sem estender esse reajuste a classe dos escrivães e investigadores.
No inicio da semana, cerca de 60 participantes do movimento grevista em Cáceres, receberam durante sessão ordinária na Câmara Municipal daquela cidade, o apoio dos vereadores, que inclusive remeteram expediente ao governo do estado. Na justificativa, é que o município e região Oeste, tem situação diferenciada dos demais municípios mato-grossenses, pelo fato da situação geográfica na área que faz limite com o território boliviano, considerada a área mais complexa de todo Mato Grosso quanto a segurança publica.
"Os agentes denunciaram ainda que a sobrecarga de trabalho é segundo eles, absurda,. Como exemplo apontam que apenas dois delegados, Mario Aravecchia e Valfrido Nascimento, lotados respectivamente em Mirassol do Oeste e em São José dos Quatro Marcos, se desdobram para dar atendimento a flagrantes e condução de inquéritos em mais de 11 cidades, em sua maioria situadas na área de fronteira com a Bolívia com elevado índice de criminalidade."
“Trata-se de uma imensa área, com dezenas de estradas cabriteiras, aonde passam drogas, armas, e ainda todo o tipo de contrabando, o governo tem nessa mesma região apenas dois delegados, o que é impossível dar conta de todos os problemas da alçada da Policia Civil” desabafou um investigador mas pediu sigilo da sua identidade.
"Outro policial, revelou que as duas cidades, Reserva do Cabaçal e Indiavaí, também localizadas próximas a área de limite com a Bolívia, tem apenas um agente policial para atender esses dois municípios, que ficam distantes um do outro em cerca de 80 quilômetros. Nesse panorama os policiais da fronteira optaram pela paralisação não apenas atrás da equiparação salarial, mas também pela estruturação das delegacias com equipamentos, viaturas e pessoal."
Fonte: João Arruda de Cáceres/ Site 24 Horas News.
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