PM avança no processo de implantação do Regimento de Cavalaria em Mato Grosso.


O Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Polícia Militar, encaminhou três policiais militares para participarem do curso de Policiamento Montado para Oficiais e Praças, realizado pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Com início nesta segunda-feira (30.05), o curso terá duração de aproximadamente três meses. A participação dos policiais na capacitação faz parte do processo de implantação do Regimento de Cavalaria de Mato Grosso.

Conforme o tenente-coronel responsável pelo processo, Alberto de Barros Neves, após o término do curso os três policiais, os tenentes Walmir Barros Rocha, Bruno Wendel de Oliveira Del Barco e Robson Fernandes da Silva, serão empregados como instrutores no curso de Policiamento Montado de Mato Grosso. Esse curso foi planejado junto a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), aprovado pelo Governo do Estado, no mês passado, e aguarda somente a liberação de recurso, que deve ser feito até o final deste ano.

Com a realização do curso, que deverá ser ministrado para 24 policiais (cabos e soldados), o Regimento de Cavalaria de Mato Grosso, passará a contar com um efetivo necessário para receber seus 12 primeiros cavalos, de um total de 90, previstos até a Copa do Mundo de 2014. Até o ano do mundial, o regimento deverá contar com um efetivo de 135 policiais militares.

“A participação desses policiais no curso oferecido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro os tornarão aptos para instruir os demais policiais que deverão compor o Regimento de Cavalaria do nosso Estado, os demais 24 cabos e soldados. A ideia é que esses tenentes também façam parte do nosso efetivo”, explica o Ten. Cel. Alberto.

CAVALARIA

Historicamente, o Regimento de Cavalaria é a arma mais móvel dos exércitos e a segunda mais antiga, depois da infantaria. E que, passou a ser empregada por diversas policias do mundo todo, a exemplo do Reino Unido, Estados Unidos e França. Conforme o tenente-coronel Alberto, esse regimento é diferenciado e auxilia de maneira bastante positiva nas ações de preservação e manutenção da ordem pública. “Importante durante eventos de tamanha magnitude como será a Copa do Mundo”, salienta.

“A ostensividade que o equino empresta à atividade policial inibe a formação de turmas e o início de pequenos distúrbios que podem assumir proporções desastrosas. Aliada a outros fundamentos, como o impacto psicológico e a atuação em um terreno maior e com uma maior mobilidade, se comparadas com o policiamento a pé, a tropa montada se mostra como o efetivo ideal em eventos desta natureza para preservar a ordem na parte externa dos estádios de futebol, bem como sua utilização no interior destes em situações extremas de grave perturbação fora do controle das tropas regulares”, completa.

Segundo o tenente-coronel, o policial montado tem maior amplitude de visão. “Ele enxerga tudo de uma altura mais elevada que a de um policial a pé. A cavalo, o policial tem em seu favor a sua própria altura e a do cavalo, que juntos somam aproximadamente três metros de altura”, acrescenta Ten. Cel. Alberto.
A implantação do regimento em Mato Grosso permitirá aos policiais mais rapidez em determinadas ocorrências, maior flexibilidade operacional e melhor acessibilidade em terrenos inacessíveis. “Um policial a cavalo representa uma força maior do que a de um policial que atua de forma a pé. Além disso, um policial a cavalo tem mais chances de entrar em um terreno irregular que um policial em uma viatura, por exemplo”, justifica.

O cavalo também possui um custo benefício maior que de uma viatura. “O cavalo tem vida útil de até 20 anos e custa por mês cerca de R$ 300. Já uma viatura chega a custar aproximadamente R$ 3,5 mil mensalmente”, compara.

O primeiro teste com o Regimento de Cavalaria ocorreu no Natal de 2010, na área central de Cuiabá.

Durante uma semana, policiais militares utilizaram cavalos pantaneiros para percorrer e patrulhar as ruas do Centro Histórico da cidade. O saldo foi totalmente positivo, pois a população aprovou a ideia da implantação do regimento, especialmente após uma ação de repressão a dois homens que haviam praticado roubo em uma revendedora de carros. “Foi uma ação que comprovou a eficiência deste modelo de segurança policial”, salienta o tenente-coronel.

Fonte: Site Plantão News

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