PMs são presos após comprarem diploma de 2º Grau.

Dois alunos da academia de Polícia disseram que compraram documento de um professor da Escola Estadual João Briene.

Dois alunos da Academia da Polícia Militar foram presos após o setor de checagem de documentos da corporação descobrir que eles haviam entregue documentos de escolaridade falsos.

Trata-se de Adão Ramos de Souza Júnior, de 24 anos, e Andhrey Almeida Fernandes, de 23. Os dois apresentaram o certificado de conclusão de ensino médio (antigo 2º grau) e diploma comprados por R$ 500, na Escola Estadual João Briene de Camargo, no bairro Lixeira, na Capital. A prisão ocorreu ontem à tarde.

No Plantão Metropolitano, Adão confirmou a fraude. Confessou que não concluiu o ensino médio e conseguiu o documento falsificado através de um professor interino. O "kit ensino médio" era composto de um histórico escolar, atestado de conclusão e o diploma.

O falsificador explicou que comprou os documentos em outubro de 2009, de um professor que estava praticando a fraude. Acrescentou que em poucos dias conseguiu todos os documentos que precisava. Com isso, foi possível ser chamado no concurso para soldado.

Andhrey contou uma história semelhante. Também confirmou que não possui ensino médio completo e, numa conversa com uma mulher na Policlínica do Planalto, comentou que precisava de um atestado de conclusão. A mulher então, ofereceu-lhe o kit ensino médio, também por R$ 500. Os documentos vieram em nome da Escola João Briene.

Na Delegacia, os dois disseram que não se conheciam e haviam comprado os documentos falsos de pessoas diferentes. Eles foram autuados por uso de documento falso e receptação, pois estavam com produto de crime.

Segundo os militares, eles chegaram até os documentos após uma checagem completa de todos os novos alunos, através da Agência Central de Inteligência (ACI), que descobriu a fraude.

Para policiais plantonistas, é possível que no concurso da Polícia Civil seja detectado o mesmo tipo de fraude. A partir dessa semana, mais de 400 novos investigadores que passaram no último concurso público foram chamados a tomar posse. "É preciso fazer a checagem, principalmente em relação a essa escola", observou um policial.

Foto: Secom/MT

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