"Kit de redução de danos": Parlamentares pernambucanos reagem ao "Kit drogas" distribuído por ONG

O kit de “redução de danos”, que também está sendo chamado de “kit drogas”, distribuído por uma ONG pernambucana durante o carnaval deste ano, despertou críticas e defesas por parte de parlamentares do estado. Nesta segunda-feira (20) a polícia civil de Pernambuco fechou o espaço criado pela Escola Livre Redução de Danos, a Casa da Redução de Danos, no bairro do Carmo, em Olinda. O deputado estadual Joel da Harpa (PL) acusou a Organização de fazer apologia ao uso de drogas e solicitou o seu fechamento.


"Inadmissível que qualquer governo seja federal, municipal ou estadual possa investir num kit desse. Um verdadeiro absurdo. Enquanto nós trabalhamos para tirar as pessoas das drogas, olha só esse material, investindo, incentivando as pessoas a usarem drogas”, criticou o deputado em uma rede social. Até o momento, no entanto, não foi esclarecido quem financiou o material. De acordo com a Lei 11.343/06, a pena prevista para quem induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de drogas vai de um a três anos de prisão.


Além de preservativos, protetor solar e água, também havia um cartão e canudos para que o folião pudesse fazer uso da substância no material limpo, segundo informou um vídeo de divulgação do kit feito pela ONG. “Então se você quer usar uma substância procure saber o que ela é, procure saber como ela age no seu corpo, procure saber como você pode reduzir o dano desse uso”, também informa a gravação.


Tópico sensível e que pode aflorar discussões em próximas reuniões da Alepe, o kit de “redução de danos” foi criticado também pelos deputados federais por Pernambuco Clarissa Tércio (Progressistas) e Coronel Meira (PL). Os deputados João Paulo Lima (PT) e Dani Portela (Psol) lamentaram o acontecido por meio das redes sociais. A parlamentar da esquerda chegou a comentar que "a redução de danos é política de saúde pública”.




Por Diário de Pernambuco




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