
O deputado estadual licenciado e secretário de Esportes, médico Antônio Azambuja, que mora em Pontes e Lacerda, na Grande Cáceres, fronteira com a Bolívia, decidiu liderar uma campanha de conscientização, inclusive com atividades para acabar com a discriminação com os bolivianos.
Segundo ele, é necessário que o povo do país vizinho não seja taxado de ser ligado ao tráfico. " O cidadão vem aqui e não pode ser tratado como traficante. As vezes há mais traficantes brasileiros na Bolívia do que os próprios bolivianos".
De acordo com o secretário, essa discriminação passa por um cerco sistemático não apenas nas barreiras do Gefron e Polícia Federal, mas também em outras instituições como, por exemplo, o Indea.
Ele lembra que se Mato Grosso exporta carne hoje é graças a um acordo firmado com a Bolívia para vacinar os gados num raio de 40 quilômetros da faixa de fronteira. Se a Bolívia barrar esse acordo, Mato Grosso ficará impedido de vender carne para o mundo.
Azambuja lembra que é necessário integrar a fronteira e isso não significa entregar. Destaca que mais de 4 mil mato-grossense fazem curso de Medicina no país vizinho e sequer possuem documentos para estudar na Bolívia.
Isso demonstra que a Bolívia trata bem os brasileiros, especialmente os mato-grossenses e a recíproca não é verdadeira.
O representante da região reforça ainda que é necessário que haja fiscalização na fronteira, mas não se pode criar tantos empecilhos e as autoridades não se atentam para isso.
Azambuja diz que vai levar essa preocupação para o governador Silval Barbosa (PMDB) e instigar o debate na Assembleia Legislativa e em outras instituições. O seu discurso numa audiência pública realizada pelo Legislativo em Pontes e Lacerda na semana passada foi focado nesse assunto.
Fonte: Jornal RD News/MT
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