Doador de esperma é processado após mães descobrirem que ele é pai de 270 crianças; número de filhos pode ser bem maior

Holandês de 41 anos disse que só iria doar sêmen para apenas 5 mulheres e ter entre 15 e 20 descendentes. Mas fez doações em quase todas as clínicas da Holanda, em outros países e também por meio de fóruns na internet. Ao Fantástico, ele disse que "não estava interessado” em falar sobre o assunto.



O holandês Jonathan Jacob Meijer, de 41 anos, é músico e youtuber. Se apresenta na internet como influenciador de esportes, gastronomia e dá dicas de beleza. No entanto, ele também é um doador de sêmen e enganou centenas de mulheres.


Jonathan está sendo processado por ter mentido sobre a quantidade de filhos que ajudou a gerar. Veja todos os detalhes na reportagem em vídeo acima.


Só na Holanda, Jonathan fez doações em 11 das 12 clínicas que existem no país. Por lá, o nome do doador permanece anônimo no registro. A mãe pode conhecer o doador antes da inseminação e o filho pode saber o nome do pai biológico ao completar 16 anos. Mas as clínicas não conversam entre si, portanto, não conseguem conferir o histórico do doador.


Há seis anos, um grupo de mães começou a desconfiar que havia algo errado. Elas se conheceram em um site para mulheres que querem engravidar ou que já engravidaram de doadores, repararam que seus filhos tinham fisionomias muito parecidas e descobriram que todas usaram o sêmen do mesmo doador.


Elas denunciaram Jonathan à associação de ginecologistas e obstetras da Holanda e o caso foi parar nos jornais. E o número de mães que reconheceram Jonathan como o pai biológico de seus filhos aumentou ainda mais.


Regulamentação e rastreamento


Na Holanda, a regulamentação recomenda que cada doador possa ter no máximo 25 filhos, de até 12 mulheres diferentes. E na época Jonathan me disse que iria doar sêmen para apenas 5 mulheres e ter entre 15 e 20 descendentes.


O Instituto Donorkind já conseguiu rastrear cerca de 270 descendentes de Jonathan. Mas o total pode ser muito maior: é que ele fez doações em clínicas de outros países, como a Dinamarca, e doou também para bancos de sêmen internacionais por meio de fóruns na internet.


“Ele mesmo estima ter gerado 550 crianças em todo o mundo”, diz Ties Van Der Meer, diretor do Instituto Donorkind, que está processando Jonathan.


O Fantástico tentou conversar com Jonathan por e-mail. Mas, em sua resposta, ele disse apenas que "não estava interessado”.





Por Fantástico -  GLOBO

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