FARRA COM DINHEIRO PÚBLICO: Funcionários de nível básico contratados pela Câmara Municipal de São Paulo ganham salários muito maiores do que se paga no mercado.
AGENCIA ESTADO - PORTAL HD - Funcionários de nível básico contratados pela Câmara Municipal de São Paulo ganham salários muito maiores do que se paga no mercado. Um encanador lotado no departamento de Zeladoria da Casa tem salário de R$ 11 mil. Um chaveiro, da mesma seção, recebe R$ 10,9 mil todo mês. E até um operador de máquina copiadora, outro cargo que exige apenas ensino fundamental para a contratação, ganha R$ 9,3 mil mensais.
Os dados fazem parte da segunda e última leva de funcionários do Legislativo que tiveram os salários divulgados no site oficial da Casa. A Câmara Municipal de São Paulo foi o primeiro órgão desse poder em todo o Brasil a divulgar os subsídios de seus servidores. No total, a Câmara tem 662 funcionários concursados e 1.196 que ocupam cargos em comissão - ou seja, podem ser livremente nomeados por vereadores ou pela Mesa Diretora.
As explicações para os salários tão altos estão na legislação que rege o serviço público municipal. Uma série de gratificações e aumentos automáticos já são programados de acordo com o tempo de serviço, o que leva funcionários que executam funções simples, mas que estão há mais de 20 anos na Casa, como o chaveiro, o encanador e o fotocopiador, a ganharem mais do que servidores com curso superior.
Outros exemplos de altos salários estão no setor de Copa e Limpeza. Lá, 13 garçons que trabalham nos coquetéis e eventos realizados nas dependências da Câmara recebem, em média, cerca de R$ 7,5 mil por mês. O maior salário é de um funcionário com 24 anos e 11 meses de serviço: R$ 10.294,71 mensais. Na iniciativa privada, garçons de restaurantes e bares famosos da cidade - como o Dona Onça, no centro - raramente recebem mais de R$ 4 mil por mês. Nesse mesmo departamento, sete auxiliares de copeira, que também trabalham nos coquetéis do Legislativo, recebem mais de R$ 6 mil por mês. O maior subsídio é de R$ 9.775,92, pago para uma auxiliar com 27 anos de trabalho.
Também na Zeladoria, um pedreiro ganha R$ 7,9 mil mensais, um mecânico de ar-condicionado recebe R$ 8,3 mil, um eletricista R$ 7,6 mil e um vidraceiro R$ 7,9 mil. Todos os salários estão no site www.camara.sp.gov.br, clicando no link "Salários Abertos".
Reforma administrativa
Os altos salários da Câmara estão concentrados em servidores com mais de 20 anos de trabalho, que foram beneficiados por regras que permitiam a incorporação de gratificações e bônus ao salário-base. Em 2003, uma reforma idealizada pelo vereador Cláudio Fonseca (PPS) limitou o ganho dos novos funcionários de nível básico a cerca de R$ 4 mil.
Essa regra, porém, só vale para quem prestou concurso após essa data. "Na minha opinião, o teto do salários da Câmara deveria ser o dos vereadores (cerca de R$ 9,2 mil brutos)", diz Fonseca. Já o presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), destacou que é a primeira vez que a informação se torna pública. "É a primeira vez que se vai discutir esse tema porque é a primeira vez que se deu essa informação." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Os dados fazem parte da segunda e última leva de funcionários do Legislativo que tiveram os salários divulgados no site oficial da Casa. A Câmara Municipal de São Paulo foi o primeiro órgão desse poder em todo o Brasil a divulgar os subsídios de seus servidores. No total, a Câmara tem 662 funcionários concursados e 1.196 que ocupam cargos em comissão - ou seja, podem ser livremente nomeados por vereadores ou pela Mesa Diretora.
As explicações para os salários tão altos estão na legislação que rege o serviço público municipal. Uma série de gratificações e aumentos automáticos já são programados de acordo com o tempo de serviço, o que leva funcionários que executam funções simples, mas que estão há mais de 20 anos na Casa, como o chaveiro, o encanador e o fotocopiador, a ganharem mais do que servidores com curso superior.
Outros exemplos de altos salários estão no setor de Copa e Limpeza. Lá, 13 garçons que trabalham nos coquetéis e eventos realizados nas dependências da Câmara recebem, em média, cerca de R$ 7,5 mil por mês. O maior salário é de um funcionário com 24 anos e 11 meses de serviço: R$ 10.294,71 mensais. Na iniciativa privada, garçons de restaurantes e bares famosos da cidade - como o Dona Onça, no centro - raramente recebem mais de R$ 4 mil por mês. Nesse mesmo departamento, sete auxiliares de copeira, que também trabalham nos coquetéis do Legislativo, recebem mais de R$ 6 mil por mês. O maior subsídio é de R$ 9.775,92, pago para uma auxiliar com 27 anos de trabalho.
Também na Zeladoria, um pedreiro ganha R$ 7,9 mil mensais, um mecânico de ar-condicionado recebe R$ 8,3 mil, um eletricista R$ 7,6 mil e um vidraceiro R$ 7,9 mil. Todos os salários estão no site www.camara.sp.gov.br, clicando no link "Salários Abertos".
Reforma administrativa
Os altos salários da Câmara estão concentrados em servidores com mais de 20 anos de trabalho, que foram beneficiados por regras que permitiam a incorporação de gratificações e bônus ao salário-base. Em 2003, uma reforma idealizada pelo vereador Cláudio Fonseca (PPS) limitou o ganho dos novos funcionários de nível básico a cerca de R$ 4 mil.
Essa regra, porém, só vale para quem prestou concurso após essa data. "Na minha opinião, o teto do salários da Câmara deveria ser o dos vereadores (cerca de R$ 9,2 mil brutos)", diz Fonseca. Já o presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), destacou que é a primeira vez que a informação se torna pública. "É a primeira vez que se vai discutir esse tema porque é a primeira vez que se deu essa informação." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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