SUPER - LUCIENE CÂMARA - A sensação de impunidade no Brasil faz crescer também o clamor da população por punições mais rígidas aos criminosos, afirmam especialistas. Prova disso é a pesquisa divulgada recentemente pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP). O estudo aponta que quase metade dos brasileiros (47,5%) concorda totalmente, em parte ou discordam em parte, com a tortura de presos para a obtenção de provas.
Em Belo Horizonte, o índice segue a tendência nacional, com 44,2% dos entrevistados incluídos nessa categoria em 2010, contra 34% registrados pelo levantamento de 1999. A maioria dos belo-horizontinos também se mostrou a favor da pena de morte e da prisão perpétua para estupradores, que, atualmente, ficam, no máximo, 12 anos na prisão, conforme o Código Penal. No ranking de punições (veja infográfico), a prisão perpétua aparece como a número um para os autores de estupro, com 37,54% dos votos, seguida da pena de morte, que ficou com 35,88% das opiniões. Juntas, as duas opções somam 73,42% das respostas da capital mineira.
O resultado segue a tendência de outras dez capitais envolvidas na pesquisa da USP. No Brasil, 73,8% dos entrevistados se declararam a favor da pena de morte e da prisão perpétua para estupradores, com destaque para a pena de morte, que teve a maioria dos votos - 39,47%. Também cresceu no país o índice dos que aceitam "em parte" a tortura, passando de 8,8% em 1999 para 18,25% em 2010.
Para o psicólogo Renato Alves, pesquisador do NEV, o aumento daqueles que concordam "em parte" sugere um enfraquecimento das antigas convicções. "As pessoas vêm se movimentando para uma mudança, estão menos tolerantes com o crime", explicou. Por outro lado, ele salienta que, embora o estudo indique essa mudança de posicionamento da sociedade, ainda é maior o número de pessoas que discordam da tortura para a obtenção de provas. Em Belo Horizonte, 55,74% disseram discordar totalmente. O dado indica, em contrapartida, uma queda no índice de pessoas que se manifestaram contrárias a tortura, já que, em 1999, a discordância era de 66%. Caiu também o número de belo-horizontinos que discordam totalmente da pena de morte. Em 1999, 44,44% dos entrevistados acreditavam que nenhum crime justificava o uso da prática, o que baixou para 35,47% em 2010. E além dos estupradores, principais alvos das escolhas por penas mais severas, a lista também inclui políticos corruptos e sequestradores.
Em Belo Horizonte, o índice segue a tendência nacional, com 44,2% dos entrevistados incluídos nessa categoria em 2010, contra 34% registrados pelo levantamento de 1999. A maioria dos belo-horizontinos também se mostrou a favor da pena de morte e da prisão perpétua para estupradores, que, atualmente, ficam, no máximo, 12 anos na prisão, conforme o Código Penal. No ranking de punições (veja infográfico), a prisão perpétua aparece como a número um para os autores de estupro, com 37,54% dos votos, seguida da pena de morte, que ficou com 35,88% das opiniões. Juntas, as duas opções somam 73,42% das respostas da capital mineira.
O resultado segue a tendência de outras dez capitais envolvidas na pesquisa da USP. No Brasil, 73,8% dos entrevistados se declararam a favor da pena de morte e da prisão perpétua para estupradores, com destaque para a pena de morte, que teve a maioria dos votos - 39,47%. Também cresceu no país o índice dos que aceitam "em parte" a tortura, passando de 8,8% em 1999 para 18,25% em 2010.
Para o psicólogo Renato Alves, pesquisador do NEV, o aumento daqueles que concordam "em parte" sugere um enfraquecimento das antigas convicções. "As pessoas vêm se movimentando para uma mudança, estão menos tolerantes com o crime", explicou. Por outro lado, ele salienta que, embora o estudo indique essa mudança de posicionamento da sociedade, ainda é maior o número de pessoas que discordam da tortura para a obtenção de provas. Em Belo Horizonte, 55,74% disseram discordar totalmente. O dado indica, em contrapartida, uma queda no índice de pessoas que se manifestaram contrárias a tortura, já que, em 1999, a discordância era de 66%. Caiu também o número de belo-horizontinos que discordam totalmente da pena de morte. Em 1999, 44,44% dos entrevistados acreditavam que nenhum crime justificava o uso da prática, o que baixou para 35,47% em 2010. E além dos estupradores, principais alvos das escolhas por penas mais severas, a lista também inclui políticos corruptos e sequestradores.
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