A Polícia Militar conseguiu negociar o fim da rebelião de aproximadamente 100 reeducandos no presídio Ferrugem, no final da tarde de ontem, e descobriu que o motim dos presos escondia um túnel de 15 metros que serviria para uma fuga em massa. De acordo com a PM, faltava menos de dez metros para o buraco chegar ao lado externo da prisão.
Os detentos ficaram amotinados por mais de 24 horas. Eles começaram o movimento nas celas 1 e 2 do “raio verde” (área destinada a reeducandos já julgados e condenados) quando a direção da unidade prisional anunciou uma revista nas duas celas, por causa de uma denúncia de escavação de túnel. Os presos impediam a entrada de agentes do Ferrugem e policiais militares nas celas.
As negociações para o término do motim duraram toda a terça-feira. Na noite anterior, os amotinados conseguiram derrubar as paredes das celas 1 e 2 e acessaram a cela 3. Do lado de fora, parentes e familiares dos presos aguardavam notícias. A direção do presídio pediu auxílio da PM, que enviou reforço. Depois do fim do motim, os presos foram colocados em outras celas (já ocupadas), já que as celas 1, 2 e 3 do raio verde não tinham condições de abrigar os quase 100 homens.
O Ferrugem está superlotado, com cerca de 700 presos - quando a capacidade do presídio é para para 350. No ano passado, uma fuga em massa aconteceu na unidade, com os detentos escapando por um túnel. Outros buracos foram descobertos em revistas antes que mais fugas fossem concretizadas.
Fonte: site Olhar Direto
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