Os Policiais Voluntários da Polícia Metropolitana de Londres



A Polícia Metropolitana de Londres (Metropolitan Police) encontrou uma alternativa peculiar para ajudar a resolver duas demandas que costumam acometer as polícias brasileiras, a falta de efetivo e a ausência de interação entre a polícia e as comunidades em que atuam. Os ingleses criaram os Special Constables, policiais voluntários que trabalham 16 horas por mês sempre acompanhados por um policial de carreira, atuando em patrulhas a pé, gerenciando o trânsito, e prestando socorro e auxílio aos demais cidadãos.

Sim, os policiais voluntários usam farda, e são treinados durante 23 dias para fazer trabalho semelhante ao dos policiais convencionais (desaramados, como boa parte dos policiais ingleses). Abaixo, treinamento de busca pessoal ministrado a uma voluntária:








No site da Metropolitan Police, os argumentos utilizados para angariar adeptos ao trabalho voluntário são mais ou menos os seguintes:

Treinando para ser um policial voluntário da Polícia Metropolitana de Londres, você terá as habilidades e competências necessárias para colaborar com nossa cidade, passando a ter um papel de relevância na sociedade.

Os policiais voluntários – que sempre são empregados com policiais de carreira – vestem os mesmos uniformes que estes, têm os mesmos poderes e responsabilidades, participa de várias modalidades de policiamento em Londres (patrulha a pé, segurança em eventos etc), e podem ter qualquer profissão ou estilo de vida e atuam apenas 16 horas por mês.
O curso de formação dura 23 dias, onde o voluntário terá noções de legislação, procedimentos e segurança policiais, relacionamento interpessoal e técnicas salva-vidas.


Estes policiais não recebem qualquer remuneração pelo trabalho nas 16 horas mensais, e geralmente são empregados em áreas onde possuem algum vínculo comunitário – é uma forma da polícia londrina incluir pessoas que conhecem dos problemas de segurança local em seus quadros.

A pergunta que sempre surge é se o Brasil comportaria uma medida semelhante. Por um lado, temos cidadãos que realmente se adequam ao perfil de um policial voluntário, que realizariam o serviço por honra e admiração à profissão policial. Por outro, há uma série de aproveitadores que já tentam se utilizar dos serviços policiais para garantir perversões criminosas. Também há que se considerar que mesmo no quadro das nossas polícias existem esses dois modelos de profissionais.

Talvez esta seja uma discussão para o futuro: às vezes é preciso cuidar do quintal para só então receber visitas.

Fonte: Site Abordagem Policial

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