Modelo de repressão ao tráfico no Rio é mais eficaz que colombiano ou mexicano, diz analista


Policial é observado por passageiros de ônibus enquanto mira sua arma durante uma operação contra traficantes na favela da Rocinha, no Rio, em abril de 2011 (Reuters)

As políticas de segurança pública adotadas no Rio e no México têm tido efeitos díspares sobre a violência produzida nos dois locais, e o grau de repressão com que o Estado combate o narcotráfico é um fator chave para entender essa diferença, aponta o cientista político Benjamin Lessing.

Doutorando da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, Lessing está desenvolvendo um estudo comparativo sobre as dinâmicas de violência no Rio, no México e na Colômbia.

Tanto Rio quanto México têm políticas contra o narcotráfico em andamento, mas enquanto a cidade brasileira vê avanços, no México a escalada de violência é contínua desde o início da campanha do governo de Felipe Calderón contra os cartéis locais.

Em entrevista à BBC Brasil, Lessing considera que a repressão incondicional adotada no México incentiva os criminosos a agirem com maior violência.

Enquanto isso, a política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio, que busca eliminar o domínio do tráfico armado sobre favelas, estimula traficantes a não optarem pelo confronto ao direcionar a repressão aos traficantes que usam violência.

Lessing apresentou alguns resultados de sua pesquisa em um seminário no Instituto de Estudos da Religião (Iser), no Rio, na quarta-feira.

Leia a entrevista completa em

Fonte: BBC BRASIL


Comentários