DE NOVO: Justiça manda prender de novo assaltantes de banco



O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), conseguiu reverter a decisão dada pelo Tribunal de Justiça, no último dia 30 de dezembro, que libertou os integrantes da quadrilha especializada em assaltos da modalidade “saidinha de banco” que agia na Capital e em Várzea Grande.

A juíza de plantão na 15ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado, Suzana Guimarães Ribeiro Araújo, expediu 43 novos mandados de prisão preventiva, ainda na manhã de quinta-feira (5).

Mas, o promotor Arnaldo Justino da Silva afirmou que a divulgação dos trabalhos só pôde ser feita na tarde desta sexta (6), para não comprometer a recaptura dos beneficiados, momentamente, com habeas corpus.

Até o momento, 17 bandidos já estão na cadeia – sendo que 15 deles não chegaram a deixar a cela, uma vez que possuíam outros mandados de prisão preventiva, por crimes paralelos, como latrocínio e explosão de caixas eletrônicos –, enquanto outros 26 estão foragidos.

Apenas o primeiro beneficiado com a liberdade, Oeder Pontes Nunes, não poderá, ao menos por enquanto, retornar à cadeia, por ter seu habeas corpus baseado em uma decisão única do desembargador João Ferreira Filho, que analisou questões subjetivas, que vão além do apontado “erro processual”.

Segundo o promotor de Justiça, Arnaldo Justino da Silva, a não decretação da prisão preventiva de Oeder não deve preocupar a sociedade, uma vez que ele não se trata do elemento mais perigoso da quadrilha.

“Ele (Oeder) não é o mais perigoso e ele ainda não pode ter a prisão preventiva decretada porque há pontos atenuantes no seu pedido, que foram analisados e levados em consideração pelo desembargador (Ferreira Filho”, explicou Justino.

A fuga dos bandidos não foi recebida com surpresa pelos membros do Gaeco e da Polícia Militar. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Osmar Lino Farias, os policiais estão empenhados na recaptura dos bandidos e, com os mandados de prisão em mãos, a Polícia não mais depende de um flagrante para deter os acusados.

“Esses marginais não terão mais o livre arbítrio para aterrorizar a sociedade. E precisamos da ajuda da sociedade para recapturá-los. Mas, já estamos à caça de todos eles e já posicionamos policiais nos bancos mais visados. Não estamos de braços cruzados”, afirmou o coronel.

Lino Farias ainda prometeu à sociedade que, mesmo que a PM não consiga prender todos os acusados, ao menos, a maioria deles será colocada “fora de circulação”.
“E aqueles que não forem capturados, poderão ser presos a qualquer momento. Não há mais a necessidade do flagrante”, ressaltou.

ENTENDA O CASO:

Na rua

A informação sobre a libertação dos presos foi dada com exclusividade pelo MidiaNews, na segunda-feira (2). 

Auxílio

Ao final da Operação "Sétimo Mandamento", o Ministério Público divulgou as fotos dos criminosos, bem como suas fichas criminais e as funções que cada um exercia na quadrilha.

A PM e o Gaeco pedem para que, caso alguém identifique ou saiba o paradeiro de algum dos bandidos, ligue para um dos telefones abaixo e denuncie.

Os telefones para denúncia disponibilizados pela Polícia Militar são o 190 e 0800 65 3939.

O Gaeco também tem telefones para receber denúncias quanto ao paradeiro dos bandidos foragidos: 3613-1622/1628/1623 e o celular 9954-4375.

Operação

A quadrilha era dividida em quatro grupos, cada um com um líder e com cada pessoa tendo uma função específica. Eles atuavam principalmente na Capital, mas já haviam realizado roubos a caixas eletrônicos no interior do Estado.

As ações dos bandidos se concentravam no bairro Duque de Caxias, na Rua Barão de Melgaço e na Avenida Fernando Correa da Costa, e, normalmente, envolviam cerca de quatro pessoas: um “olheiro”, um “piloto”, o “pegador” e o “apoio” (líder da quadrilha).

A operação que resultou na prisão da quadrilha foi coordenada pelo Gaeco e contou com a parceria da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

As investigações duraram cerca de 90 dias e, durante esse período, 39 roubos foram praticados pelo grupo, e muitos outros planejados pela quadrilha foram evitados pela ação de policiais militares e membros do Gaeco, que escoltavam a vítima em potencial até o banco ou até a sua residência, quando a identificavam.

De acordo com o promotor de Justiça Arnaldo Justino, autor da denúncia, o bando roubou, nesse período de investigações, cerca de R$ 400 mil.

Os acusados devem responder pelos crimes de formação de quadrilha armada, roubo qualificado, tentativa de latrocínio, furto qualificado, receptação e falsa identidade.

Fonte: Site Midia News

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