MT: Ministério Público considera greve da Polícia Civil legal; justiça pode anular cortes e multa

MP considera greve da PJC legal; justiça pode anular cortes e multa


A relação entre governo do Estado e a Polícia Civil ainda é tenso e a briga para que não haja corte de ponto dos agentes que ficaram 66 dias em greve continua. Um parecer do Ministério Público Estadual (MPE) garante que a paralisação da categoria foi legal e o advogado do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc), Carlos Frederick, informou que caso a justiça siga o entendimento do MP, as multas e o corte de pontos efetuados pelo governador Silval Barbosa (PMDB) poderão ser suspensos.

"Com esse parecer ganhamos muita força para o julgamento de mérito da ação. É meio caminho andado para a vitória", ponderou o advogado por meio de nota. Apesar do parecer positivo para categoria, o MP ressalvou que a polícia deveria ter mantido um efetivo de 50% em atividade, no entanto, apenas 30% permaneceram atendendo no período da greve, com o ápice em 2 de setembro, com 100% de paralisação.

O governador ameaçou cortar o ponto dos policiais e ainda retirar todas as armas e viaturas, caso não retornassem ao trabalho. Após muita negociação, o Siagespoc decidiu voltar às atividades em 05 de setembro, já que alcançaram uma tabela salarial satisfatória, com quase R$ 3 mil de salário inicial e cerca de R$ 11 em final de carreira.

O embate agora é judicial, já que o governo não abre mão das multas, que totalizam cerca de R$ 540 mil e ainda mantém o corte de ponto da categoria. “O Ministério Público é um fiscal da lei. Não podem cortar o ponto dos policiais que estavam em greve, lutando por melhorias. Eu entrei com esse argumento e o MP concordou comigo. Tenho certeza que teremos vitória”, garante o advogado.

Fonte: Olhar Direto/MT

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